Friday, December 30, 2005

Feliz Ano Novo!


Feliz 2006! Com Paz, Saúde e muitas Realizações!
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Happy
2006! With Peace, Health, Joy and Fulfilment in many ways!

Thursday, December 29, 2005

Relendo...


Esta época reporta-me usualmente à re-leitura de um clássico de Natal :"Christmas Carol" de Charles Dickens.
E esse reencontro sazonal com os espíritos do Natal sempre me trazem mil e uma perguntas sobre o Natal em si, sobre a natureza humana, sobre espiritualidade, sobre os nossos comportamentos em relação aos outros e a nós próprios.
Perguntas para que nunca encontro resposta que me satisfaça.

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This season always leads me to re-reading the Christmas classic "Christmas Carol" by Charles Dickens.
And that seasonal getting-together with the Christmas spirits always bring me thousands of questions on Christmas itself, on human nature, on spirituality , on our behaviours towards others and ourselves.
Questions I never find satisfactory answers to.

Wednesday, December 28, 2005

Pavões


Hoje dei comigo a pensar em pavões.
Que ave bonita!
Contudo...
pensando em vaidades
detesto-a
no peso figurativo que tem.
Assim se conclue que
detesto
vaidades escondidas e por esconder!

Nota: É evidente que há vaidades aceitáveis! O que destaco são aquelas que levam a inchar como o sapo e depois ...
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I found myself thinking about peacocks today.
What a pretty bird!
However...
thinking about vanity
I hate it
in the figurative meaning it has.
Concluded is that
I hate
hidden and not hidden vanity!

Note: It's obvious thre's an acceptable sort of vanity! What I'm emphasizing is that sort of vanity that leads people to swelling like a frog and then ...

Tuesday, December 27, 2005

Realidade distorcida em "perguntajar" metafísico de trazer por casa


Quantas vezes cremos ver aquilo que não vemos?
Quantas vezes a realidade em que nos projectamos é diferente da realidade com que nos defrontamos?
Quantas vezes acreditamos que a realidade com que nos defrontamos é mera projecção daquilo em que acreditamos?
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How often do we believe we see what we don't see?
How often is the reality we project ourselves onto different from the reality we confront ourselves with?
How often do we believe in the fact that reality we confront ourselves with is nothing else than the simple projection of what we believe in?

Monday, December 26, 2005

Curiosidade


Apaixona-me ver de perto como a Natureza é !
Mas... quanto mais perto chego, mais perto quero chegar!
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I love watching Nature very close!
But... the closer I watch it, the closer I want to get!

Sunday, December 25, 2005

E lá passou...


E assim se passou mais um Natal!
Não houve um Tsunami como em 2004
mas
morreram duas crianças
por incúria dos pais
que
as deixaram sozinhas em casa.
Que haja um "tsunami de consciências"
a ponderarem medidas
para que
tal não volte a acontecer!

~~~~~~~~~~~~~~~~~~

And so it was Christmas.
There was no Tsunami like in 2004
but
two children died
due to their parents' carelessness.
They were left at home all by themselves.
I wish there could be a "conscience tsunami"
working out measures
so that
it didn't happen ever again!

Friday, December 23, 2005

É quase véspera de Natal!

Thursday, December 22, 2005

Foi assim...


Foi a fazer isto que passei a minha tarde de hoje!
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I spent the whole afternoon doing this!

Wednesday, December 21, 2005

Amores e Desamores


Eu gosto porque gosto
Eu gosto do que gosto porque gosto de gostar do que gosto
Eu gosto de quem gosto porque gosto de gostar de quem gosto
mas
é evidente
que
aqueles de que eu gosto
não têm de
gostar do que eu gosto
não têm de
gostar de quem eu gosto
basta que gostem de mim
assim
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I like it because I like it
I like what I like because I like liking what I like
I like the ones I like because I like liking the ones I like
but
it's obvious
that
those I like
aren't forced
to like what I like
aren't forced
to like the ones I like
it's enough if they like me
as I am

Tuesday, December 20, 2005

Yummy!

A arte de bem cozinhar aliou-se à arte de bem se alimentar.
Houve quiche, maçã assada com gelado.
Houve boa disposição e conversas de temas vários.
Foi um reencontro de velhas Amigas.
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The skill of good cooking met the skill of good eating.
There was quiche, roasted apple with ice-cream.
There was good humour and chats with different subjects
It was a reunion of two old Friends.

Monday, December 19, 2005

Branco

Hoje o meu dia foi Branco!
~~~~~~~~~~~~~~
I had a White day today!

Sunday, December 18, 2005

Assim "palavrejo" hoje

Ping
Ping Pong
Ping Pong Ping
Pong Ping Pong
Pong Pong
Pong

Pensamento que vai
Pensamento que vem
Pensamento que fica
Pensamento que se esvai

Pensamento que cai

como gota
como lágrima

em memórias de histórias

em recordações de emoções
em lembranças de destemperanças
Pong
Pong Pong
Pong Ping Pong
Ping Pong Ping
Ping Ping
Ping
Porque é Natal
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Ping.
Ping Ping
Ping Pong Ping
Pong Ping Pong
Pong Pong
Pong
Recollection that goes
Recollection that comes
Recollection that stays
Recollection that fades away
Recollection that falls
like a drop
like a tear
in memories of stories
in memories of emotions
in memories of turmoils

Pong
Pong Pong
Pong Ping Pong
Ping Pong Ping
Ping Ping
Ping

Because it's Christmas

PS : "Kitsch" ou não é o meu "post" de hoje! ~~~~~~~~ "Kitsch" or not it's my post for today!

Friday, December 16, 2005

Árvore de Natal

Em solidão aguarda as vestes efémeras que lhe trarão o "glamour".
Será Majestade na sua nudez invisível.
Será muito quando era nada
e em breve
voltará â solidão que lhe deu as vestes efémeras de Árvore de Natal.
.~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
In solitude the tree awaits the temporary clothing which will
give it "glamour".
It´ll be Majesty in its invisible nakedness.
It will be much when it was nothing
and soon
it will get back to the solitude which gave it temporary Christmas tree clothes.

Thursday, December 15, 2005

Correio de Natal

Sempre gostei de enviar cartões de Natal.
Constato preguiçosamente que estou cada vez mais misantropicamente reticente em o fazer!
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I've always enjoyed sending Christmas cards.
I lazily realise I am each time more misanthropically reticent in doing it.

Wednesday, December 14, 2005

Egocentrismo


Egocentrismo Azul redondo com picos triângulares temporários em várias nuances de emoção extravasante.
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Blue round egocentrism with triangular temporary peaks of outflowing emotion with different nuances.

Tuesday, December 13, 2005

Será uma questão de perspectiva?

Será que
tentando ver o mundo que me rodeia de trás para a frente
me trará a possibilidade de
compreender aquilo que não compreendo
quando
me confronto com ele
de frente para ver o que está por trás?
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Will I ever come
to understand my surrounding world
if I try to see it
from back to front
instead of
doing if from the front
wondering about what is behind it?

Monday, December 12, 2005

Feira de Vaidades

Eu sou ....
... a mais inteligente e capaz do pedaço...
... quando mais ninguém anda por perto! ...

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I am...
... the most intelligent and efficient one in the nearabouts ...
... when nobody else is around!

Sunday, December 11, 2005

Um Abraço

Muitas vezes UM ABRAÇO faz a diferença.

Nem que seja virtual ou em pensamento.
É UM ABRAÇO.
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A HUG is often our real support.
It doesn't matter if it is in thought or virtual.
It is A HUG.

Saturday, December 10, 2005

Rotina Natalícia

Já cumpri o ritual .
Todos os anos compro uma.
É a minha "estrela de Natal" deste ano.
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The ritual is already fulfilled.
Every year I buy one.
This is this year's ponsetia.

Friday, December 09, 2005

Em "Limbo de ideas"


Hoje na minha mente, só este limbo de ideias!
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Today only this idea limbo in my mind!

Introspecção


Na esquina do pensamento

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In the corner of thought


Wednesday, December 07, 2005

Querer crer?

Eu queria crer.
Eu queria querer crer.
Oxalá eu cresse
Oxalá eu quisesse crer.
Eu queria que cressem
como eu queria crer.
Eu queria que quisessem crer
como eu queria que cressem.
Mas...
Crer?
Em quê?
Em quem?
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I'd like to believe.
I'd like to wish to believe.
I wish I could believe.
I wish I could wish to believe.
I'd like others to believe
as I'd like to believe.
I'd like others to wish to believe
as I'd like them to believe.
But...
Believe?
In what?
Whom?

Tuesday, December 06, 2005

Porque... Porque... Porque...

Porque acho que ...
Porque é exactamente por isso mesmo que acho que ...
Porque até ...
Porque sendo assim...
Pois...
Exactamente!
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Bec ause I think ...
Because it's exactly because I think that ...
Because even so ...
Because being so ...
Well...
Exactly!

Monday, December 05, 2005

Dia repleto de não sei o quê.

Comecei o dia com arco-íris.
Bem cedinho ele lá estava, mesmo a sério, a convidar a ir até ao outro lado.
Depois a manhã passou-se sem precalços.
A não ser o ter tido tempo para meter o nariz onde não devia. O que foi menos razoável.
A tarde trouxe-me a conversas que não queria ter tido e que levarão a comportamentos sociais vazios de afectos.
Por fim deparei-me com atitudes menos próprias de jovens adolescentes que se deixam levar por vandalismos de outros lados e também os querem experimentar aqui : alguém aguandando em grupo o meio de transporte para regressar a Penates tentou introduzir num autocarro (onde me encontrava) um pedaço de papel a arder que poderia ter sido fatal.
Com isto me despeço por hoje deste dia repleto de não sei o quê.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~
I started the day with a rainbow.
Early in the morning there it was, very real, inviting anyone to go and look for its end.
Afterwards the morning went by smoothly.
But... it still gave me time to poke my nose into subjects I shouldn't have poked my nose into and what was less reasonable.
The afternoon took me to chats I shouldn't ever have had and which will lead to social behaviours void of affection.
And to end it all up I was confronted with improper attitudes coming from some youngsters which get misled by vandalism in other places and are willing to experiment them here: somebody of a group of adolescent students waiting for the bus to get back home tried to introduce a piece of burning paper into a bus (exactly the bus where I was!) and could have been disatrous.
And it's with this account I say good bye to this day so much filled up with I don't know what.

Sunday, December 04, 2005

Preparação

Papéis.
De texturas várias, de cores diferentes.
Grossos, finos, vermelhos, dourados, amarelos, brancos, prateados, verdes,
de caninhas,
às estrelinhas.
Cola. Tesoura. Moldes.
Cortes, recortes.
Em redondo, em rectângulo, em quadrado .
Seguindo linhas e tracejado.
Em luta insana.
A que não vejo final.
A preparar o Natal.
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Papers.
Different textures, different colours.
Thick, thin, red, golden, yellow, silver, green, with different patterns.
Glue. Scissors. Moulds.
Cuts and trims.
Round, rectangle, square.
Following lines and dots.
In endless hard fight.
Preparing Christmas
With an end out of sight.

Saturday, December 03, 2005

Presente recebido há alguns dias

Foi um presente.
E achei que devia divulgar aqui como prometi.
O P. pintou o que o J. desenhou por eu ter dito que achava bonito.
Não conheço o J. mas agradeço a ele e ao P.
Só não concordo com o que está escrito.
Eu não penso assim.

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It was a present.
I thought I should publish it here as I had promised.
P. painted what J. drew because I said I found it nice.
I have never met J. but I'm thankful to him as well as I am to P.
There's one thing I don't agree on though: what is said in the bubble isn't true. (that all the students are like donkeys)

Friday, December 02, 2005

Dezembro

É em Dezembro que lembra que é tempo de nos lembrarmos dos outros.
É em Dezembro que lembra que é tempo de gastar o que se tem e o que se não tem para se agradar aos outros.
É em Dezembro que lembra que Solidariedade, Fraternidade, Interajuda e quejandos existem para além de abordagens filosoficas e retóricas para ajudar dos outros.
É em Dezembro que lembra que o ano podia ter 12 Dezembros para se viver algum tempo em função dos outros.
Mas...
só em Dezembro é que há estas lembranças de Dezembro.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
It's in December we remember it's time to remember other people.
It's in December we remember it's time to spend the money we have and we don't have to please other people.
It's in December we remember Solidarity, Fraternity, Support and alike exist beyond rethorical or philosophical approach about what helping other people really means.
It's in December we remember the year could contain twelve Decembers so that we could eventually have some time left for other people.
But...
it's only in December we realise we are in December and have these December thoughts.

Wednesday, November 30, 2005

"Verborreia"

Foi um dia longo o de hoje!
Sair cedo, chegar tarde.
Hora de saída quase igual à hora de chegada.
Com a diferença de uma ser de manhã e outra ser já ao cair da noite.
Nos meus ouvidos retive "palavrejares".
Hiperbólicos.
Metafóricos.
Bacocos.
Ocos.
Elípiticos.
Críticos.
Inexequíveis.
Paranóicos
Incríveis.
Impossíveis
Incompreensíveis.
Mera "verborreia"
de quem se escuta com prazer
mas que duvido
que entenda o que diz.
~~~~~~~~~~~~~~~~~
Today was a long day.
Early departure, late return.
Similar times for leaving in the morning and getting back in evening.
My ears still keep today's wordy interventions.
Hyperbolic.
Metaphorical.
Meaningless.
Empty.
Ellipitical.
Critical.
Impractible.
Paranoic.
Unbelievable.
Impossible.
Incomprehensible.
Real "verbosity"
coming from
those who enjoy listening to themselves
but
whose ability to understand
what they really mean
is
a doubtful issue.

Tuesday, November 29, 2005

Invernia

Melancolia de um dia de invernia
Memórias de infâncias passadas.
Cheiros.
Luzes.
Vozes.
Presenças
que foram
que vivem
em Saudade.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Melancholy on a Winter day.
Past childhood memories.
Smells.
Lights.
Voices.
Presence
of those
who were
who live
in the minds
of those
who miss them.

Monday, November 28, 2005

Brincando às rimas

Truz, Truz!

Quem é?

Abre.

Sou eu que te falo daqui bem ao pé.

~~~~~~~~~~~~~~~

(Goofing with rhymes)

Knock, Knock!

Who's there?

Open.

It's me.

I'm talking to you just round the block.

Sunday, November 27, 2005

Em diagonal

Vida em diagonal com lágrima gelada.
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Life in diagonal with frozen tear

Saturday, November 26, 2005

Em tarde de Sábado fria e de chuva entremeada de sol


Tarde
A tarde trabalhava
sem rumor
no âmbito feliz das suas nuvens,
conjugava
citilações e frémitos,
rimava
as ténues vibrações
do mundo,
quando vi
o poema organizado nas alturas
reflectir-se aqui,
em ritmos, desenhos, estruturas
duma sintaxe que produz
coisas aéreas como o vento e a luz.

1968, Carlos de Oliveira

in "Trabalho Poético"

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Afternoon

The afternoon was striving
without a sound
in the happy realm of its high clouds,
conjugating
shimmerings and shudderings,
rhyming
the tenuous vibrations
of the world,
when I
saw the poem put together on the heights
reflected here,
in rhythms, patterns, structures
of a syntax bringing forth bright
airy things – like wind and light.
1968, Carlos de Oliveira

© Translation: 2004, Alexis Levitin
From: Guernica and Other Poems
Publisher: Guernica Editions, Toronto, 2004

Thursday, November 24, 2005

Flor redentora

As palavras escorrem-me pelos dedos e pingam em lágrimas incompreensíveis no papel que ansiosamente as aguarda.
Mas são sem sentido, sem emoção, são apenas palavras.
A flor vai murchando ávida da emoção que elas não lhe transmitem.
Mas a beleza da sua cor, o odor do seu perfume embrenha-se no Outono da noite que já é
e, lentamente, permitem às palavras o retorno à Poesia.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~
The words are dropping between my fingers in unclear tears onto the paper which is anxiously awaiting.
But they are meaningless, emotionless, they are just words.
The flower is ageing in emotional eagerness, sensation words won't ever help overcome.
But the beauty of its colour, its intense scent gets into the Autumn night whis is already there and, slowly, allow words to get back to Poetry.

Wednesday, November 23, 2005

Explosão!

Tuesday, November 22, 2005

A sonhar.

A Voar!
~~~~~~~~~
Flying!

Monday, November 21, 2005

Jornada

Na jornada para que a Vida nos empurra,
há nuvens,
há céus azuis de sóis replandecentes.
É um precurso interminável,
onde se sonha o insonhável,
que vamos trilhando
afoitos,
desencorajados,
sofridos,
em Esperança,
rumo ao Infinito.
~~~~~~~~~~~~~~~~
On the journey Life pushes us to,
there are clouds,
there are shinning suns in blue skies.
It's a never ending route,
where you dream impossible dreams.
A route you go through
daringly,
feeling deceived,
in suffering,
hoping,
towards Infinitude.

Não arranjei título!

Reticências!
~~~~~~~~
Dots!

Saturday, November 19, 2005

Sonata de mim

Notas musicais
difusas,
desafinadas
confusas
projectam-se
misturam-se
dissecam-se
sufocam-se
abafam-se
silenciam-se
em silêncios
pesados
de turvos bemóis
que se afogam
noutras notas
sem tom
de sábado sem sol.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Musical notes
Diffusive
tuneless
confusing
get
projected
mixed
dissected
suffocated,
are made silent
in heavy silences
of blurry
toneless chords
which drown
in other musical noets
soundless
on a cloudy Saturday.

Friday, November 18, 2005

Juízos de valor

Quantas vezes julgamos os outros de acordo com o nosso sentir de momento!
Nessas alturas podemos ser injustos
mas
sentimo-nos no que julgamos,
e
doemo-nos de ter que julgar assim.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
We judge the others so often up to our momentary feeling!
By then we may be unfair judges
but
we suffer with our judgements
and
it hurts to have to judge that way.

Thursday, November 17, 2005

Assim...

Para objectivar a palavra Amizade nestes dois últimos dias cheguei a esta representação.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
If I had to represent Friendship in the last few days, I'd represnet it the way it is above.

Wednesday, November 16, 2005

Hoje de tarde

(Falaram-me neste Poema hoje.
Conheço Camilo Pessanha como o Poeta da Água e não neste teor de Sentimento forte!
Fui à procura e encontrei-o.
Decidi que seria a minha particpação de hoje aqui!)

BRANCO E VERMELHO

A dor, forte e imprevista,
Ferindo-me, imprevista,
De branca e de imprevista
Foi um deslumbramento,
Que me endoidou a vista,
Fez-me perder a vista,
Fez-me fugir a vista,
Num doce esvaimento.

Como um deserto imenso,
Branco deserto imenso,
Resplandecente e imenso,
Fez-se em redor de mim.
Todo o meu ser, suspenso,
Não sinto já, não penso,
Pairo na luz, suspenso...
Que delícia sem fim!

Na inundação da luz
Banhando os céus a flux,
No êxtase da luz,
Vejo passar, desfila
(Seus pobres corpos nus
Que a distancia reduz,
Amesquinha e reduz
No fundo da pupila)

Na areia imensa e plana
Ao longe a caravana
Sem fim, a caravana
Na linha do horizonte
Da enorme dor humana,
Da insigne dor humana...
A inútil dor humana!
Marcha, curvada a fronte.

Até o chão, curvados,
Exaustos e curvados,
Vão um a um, curvados,
Os seus magros perfis;
Escravos condenados,
No poente recortados,
Em negro recortados,
Magros, mesquinhos, vis.

A cada golpe tremem
Os que de medo tremem,
E as pálpebras me tremem
Quando o açoite vibra.
Estala! e apenas gemem,
Palidamente gemem,
A cada golpe gemem,
Que os desequilibra.

Sob o açoite caem,
A cada golpe caem,
Erguem-se logo. Caem,
Soergue-os o terror...
Até que enfim desmaiem,
Por uma vez desmaiem!
Ei-los que enfim se esvaem,
Vencida, enfim, a dor...

E ali fiquem serenos,
De costas e serenos.
Beije-os a luz, serenos,
Nas amplas frontes calmas.
Ó céus claros e amenos,
Doces jardins amenos,
Onde se sofre menos,
Onde dormem as almas!

A dor, deserto imenso,
Branco deserto imenso,
Resplandecente e imenso,
Foi um deslumbramento.
Todo o meu ser suspenso,
Não sinto já, não penso,
Pairo na luz, suspenso
Num doce esvaimento.

Ó morte, vem depressa,
Acorda, vem depressa,
Acode-me depressa,
Vem-me enxugar o suor,
Que o estertor começa.
É cumprir a promessa.
Já o sonho começa...
Tudo vermelho em flor...
Camilo Pessanha
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
The above Poem is called Red and White and it was Camilo Pessanha who wrote it.
I was told about this Poem this early evening. I know the Poet but I didn't know this Poem.
I looked for it , found it and made it today's post.
Unfortunately I couldn't find any translation.
If I ever find it in the coming days I'll add it here.
The Poem speaks of pain and the strong wish to overcome it.
The final release will be achieved through a strongly wished death which will lead the Poet to Nirvana where Light and delight are the prevailing sensations.

Tuesday, November 15, 2005

Em lirismo


DA VOZ DAS COISAS

Só a rajada de vento
dá o som lírico
às pás do moinho.

Somente as coisas tocadas
pelo amor das outras
têm voz.


© 2002, Fiama Hasse Pais Brandão
in As Fábulas
Relógio d'Água, Lisboa
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

The Voice of Things


Only the wind’s gusts
give lyrical sound
to the windmill’s sails.

Only things touched
by the love of other things
have a voice.

© 2002, Fiama Hasse Pais Brandão
From: As Fábulas
Publisher: Relógio d'Água, Lisbon
© Translation: Richard Zenith

Monday, November 14, 2005

Análise

Analisando os porquês de estar aqui, na blogosfera, concluo que
vim
por imitação.
Se ela faz, porque não eu não fazer? Por sua sugestão , tentei.
E aqui estou... Já há quase ano e meio.
Princípio incipiente como todos os princípios.
Depois... sempre a tentar, sempre a fazer o que outros fazem,
seguindo exemplos daqui, exemplos dali,
exemplos e empurrões d'acolá e d'acoli
até ter chegado a esta lista de links que considero de luxo e de que muito me orgulho.
Agora... Porque mudei de espaço?
Porque quis um outro epíteto que se coadunasse mais com este jogo de palavras, imagem, média, interactividade que me prende aqui há quase dois anos.
Pronto... Acho que já acabei...
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Analysing why I am here, in this blogging space, I conclude that
I came
because of imitation.
If she does it, why don't I do it too? It was because she suggested to that I tried.
And here I am... Almost a year and a half now.
I had a naive start as we always do when we begin something.
Afterwards... and I carry on, always trying, always doing what I saw others doing,
following exemples from here, from there ,
from there , from here
until I came to get linked to all those who are in my favourite link list, which is a TOP one I am very proud of.
Now... Why have I changed my blog?
Because I wanted another epithet that could fit better this set of words, image, media, interactivity which has made me be here for about 2 years.
Ok... I think I've finished...

Sunday, November 13, 2005

Carta


Meu querido Alguém,

Escrevo-te para dizer que...
Escrevo-te para dizer que...
para dizer...
para...
Olha...
Pois...
Acho que te vou vou mandar uma SMS.
Já desaprendi esta coisa de escrever uma carta.
Beijos

Eu
~~~~~~~~~~
My dear Somebody,

I'm writing to tell you...
I'm writing to tell you...
to tell you...
to...
Listen...
Well...
I think I'll send you an SMS instead.
I don't know how to do this "writing-a-letter stuff"anymore.
Love

Me

Saturday, November 12, 2005

A rir...

Poema que não é triste?
Rir
Rir muito
Gargalhar.
Rebentar a rir
Chorar a rir.
Rir por que apetece
Rir que não esmorece.
Chorar a rir
Rir a chorar
Rir para não rebentar
Gargalhar.
Rir muito.
Rir.
Rir para não chorar.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
A Poem that is not sad?
Laugh.
Laugh a lot.
Roar with laughter.
Burst out laughing.
Laugh because you feel like to.
Laugh without stopping.
Cry laughing.
Laugh crying.
Laugh not to burst out.
Roar with laughter.
Laugh a lot.
Laugh.
Laugh not to cry.

Friday, November 11, 2005

S. Martinho.

Bom S. Martinho!
Não são castanhas assadas "comme il faut" mas também são muito boas!
Foram assadas no forno!
Bem quentinhas, a estalar!
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Happy St. Martin's!
These chestnuts were not roasted on coal, "comme il faut," but done this way they are also yummy!
They were roasted in the oven!
Really tasty!

Thursday, November 10, 2005

Eu bem que tento...


Temo que em mutios peitos bata uma abstracção de coração!
Vazio. Frio. Empedernido.
Eu bem tento ouvi-lo fremente, pujante, em batida veemente. Pleno de coração, compassadamente distribuindo Afectos, Agrados, Carinhos e Emoções partilhadas.
Contudo...
Não consigo ouvir.
Ou se consigo, é bem fraquinho, quase agonisante.
Será que estou a perder a audição?
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
I'm afraid there is a heart abstraction beating in many chests.
Empty. Cold. Stony.
I try hard to listen to it beating vehemently, strongly. Like a full heart, rhythmically, spreading Affection, Tenderness, shared Emotion.
However...
I can't hear anything.
Or if I do, it's really weak, almos dying.
Does it mean I'm getting deaf?

Wednesday, November 09, 2005

Recordações sofridas

Ir rebuscar em recordações antigas pode ser dolorosamente doloroso.
Há assuntos que se abordam que, por vezes, se tornam em lágrimas amargas de tristezas não curadas que fazem vir à superfície sofrimentos antigos.
Aconteceu comigo na passada Segunda-feira.
Fiz sofrer involuntáriamente quem me escutava ao abordar adolescências de problemas que não procuraram e que reviveram por minha causa.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
It may be painfully painful when you go and look for old memories.
There are subjects we deal with, which get sometimes into bitter tears of unhealed sorrows making old sufferings reappear.
This happened to me last Monday.
I caused involuntary suffering in those who were listening to me when I was talking about adolescence problems they didn't look for and re-experienced on my account.

Tuesday, November 08, 2005

Começando a "palavrejar". :)

Gosto de palavras.
Gosto de as ler.
Gosto de as contextualizar.
Gosto de as recrear.
Gosto de as inventar.
Gosto de as modificar.
Gosto de as usar.
Escritas. Faladas. Bordadas. Desenhadas. Pintadas. Esculpidas. Gravadas.
Digitadas.
Gosto de palavras em prosa e em verso.
Gosto de "palavrejar".
"Poesar" e "prosandar" * ? Porque não??
[Por favor ver os Comentários ao "post" anterior para poder entender estes vocábulos e saber quem os sugeriu! :)]
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I like words
I enjoy reading them.
I enjoy contextualising them.
I enjoy redoing them.
I enjoy making them up.
I enjoy changing them.
I enjoy using them.
Written. Spoken. Embroidered. Drawn. Painted. Sculpted. Carved.
Digitised.
I like words in prose and in verse.
I enjoy "wordising"*.
"Versising" or "Prosising"*? Why not ??
[* I know these words don't exist in English. I made them up in order to get closer equivalents to the Portuguese words
in " ", which were also made up.]

Monday, November 07, 2005

Cá cheguei!

Este novo espaço é um salto no desconhecido
mesmo com experiência acumulada de outras andanças.
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This new space is a jump into the unknown
even with the added experience of previous blogging.

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