Sábado de Outono
OUTONO SEM IDADE
Tiro das palavras
Os medos
Os agravos
Os ódios
Os desagravos.
Sustento-lhes os soluços,
Seco-lhes as lágrimas.
Dou-lhes alento
Para se soltarem.
Ao vento.
Revolvem-se
em furacão
em ânsias de regressos.
À minha mão.
De caneta em riste,
Apanho-as.
Reordeno-as,
Revisto-as.
Dou-lhes memórias,
Carrego-as de histórias.
Pincelo-as de Dourado
com a devoção
de Poeta Inspirado.
De Melancolias antigas
De Saudade com Saudade
Recreei no Poema
Outono sem Idade.
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AGELESS AUTUMN
Of words
I take
Fears
Hatred
Offence
I hold up
Their sobbing
I wipe
Their tears
In an attempt
To release them.
In the wind
They get
Into a swirl
Eager of
Return
To my hand
Using my pen as shelter
I catch them.
I reorder them
I redress them
I feed them
With Memories
With stories.
I paint them
With Gold
With the devotion
Of a Poet
In an ecstasy of Inspiration.
Of ancient Melancholy
Of longing to be longed for
It’s this
The Poem
I recreated
Ageless Autumn.
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